Atuo com psicoterapia individual e de casais, mas me interesso pela área familiar, embora não atenda famílias.
O causo é que decidi ir atrás dos dados do avô Eugênio, que faleceu quando minha mãe era ainda criança.
Fiquei embasbacada (ainda se usa essa palavra?) com o cuidado dos italianos em digitalizar arquivos. Não é preciso fazer inscrição e nem usar senha. Basta entrar no site e digitar o que procura. Um luxo.
Lembrei-me de que um dos meus tios dizia que o pai era austríaco, pois teria nascido em Trento, a área da Itália que na época seria parte do Império Austro-Húngaro. Mas minha mãe tinha uma vez falado em Treviso – e a voz dela veio lá do fundo da memória.
Na segunda tentativa, em Treviso, encontrei o Alistamento Militar, digitei o sobrenome dele e – surpresa! – o nome dele apareceu em primeiro lugar. Até a profissão estava ali, o que confirmou que era o homem certo: padeiro.
Entrei no site da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias em Salt Lake City e lá encontrei disponíveis pela internet os microfilmes das listagens da Hospedaria do Imigrante.
É preciso agora ter tempo e olhos para procurar o que desejo, entre livros correspondendo a anos.
Agora, aqui, nada tão fácil, embora o material esteja disponibilizado no Arquivo Nacional.
Fiz inscrição, defini senha, entrei…
São centenas de barcos chegados da Itália no porto de Santos.
Então, respirar, fazer um primeiro intervalo de busca e… lá vou eu!
Ó, céus, por que me meto nessas coisas? – assim perguntou meu lado Oliver Hardy, lembram dele?, a hiena do desenho animado.
Vera Vaccari