Troquei o alto pelo baixo, o nome por pseudônimo, o norte pelo sul.
Publicada a revista, na mesma semana a tia de uma das minhas amigas mais chegadas, com quem convivo desde os tempos de faculdade, leu a história por acaso e me reconheceu na hora.
O diálogo eu ouvi depois.
O caso é que ela ligou para a irmã, mãe da Ilda Ferrero, e contou da revista. Dona Ivete duvidou, pois, se eu havia escrito algo, a filha saberia e teria comentado.
A tia respondeu que parecia eu falando e que ela até me ouvia rir ao contar.
Entre elas, decidiram que havia uma prova infalível: se era eu, Ilda apareceria na história.
E o segundo parágrafo começava assim: Minha amiga…
Batata! Era eu!
Ligaram para Ilda, que me ligou, perguntando.
Acabou que rimos muito, com a minha tentativa frustrada de disfarçar.
E há mais.
Não foram as únicas a me reconhecer. Logo recebi telefonemas e e-mails, pois naquela época não havia whatsapp.
Tirei uma grande lição da experiência.
Nada de negativas e disfarces.
Se vai fazer algo, mesmo que inocente, como contar sua história em uma revista, faça às claras, assuma, pois em algum momento ou outro você vai ter que assinar, ou, melhor, reconhecer, pelo bom ou pelo mau.
Para completar, segue aqui uma foto, batida pelo meu marido, em viagem à Patagônia.
Nela estamos Ilda e eu.
Acredita que muitas pessoas confundem uma com a outra?
Então, para informar, sou a mais alta.