Já ouvi muitas pessoas chorarem fins de relacionamento.
Falo aqui de separação, de alguém que resolve partir, não de morte.
Sempre digo: dor de cotovelo dói, não importa a idade.
É aquele momento em que, na hora da batida contra a mesa, ficamos em dúvida se vai doer.
Aí, o arrepio sobe pelo braço, imediatamente seguido de uma dor que nos faz parar de respirar.
Quem já passou por isso sabe o que é…
Com massagem no local e muita respiração, a dor é vencida.
Nessas horas, a pessoa costuma perguntar: Vou encontrar o homem (ou a mulher) da minha vida?
Costumo responder que não, que não vai encontrar.
Depois do susto, é possível conversar sobre como os relacionamentos amorosos são construídos pelos dois (hoje, que se fala em casal de três, trisal, podemos falar em construídos a três).
Por mais romântico que tenha sido o momento do encontro, nem sempre passa disso: um lindo momento, às vezes tão rápido quanto a chama de um fósforo.
Outras vezes, a separação ocorre depois de muitos anos de vida em comum, com filhos e até netos.
A dor não passa de hoje para amanhã, mas não precisa ser para sempre.
Pode ser que a pessoa não encontre o homem (ou a mulher) da sua vida.
Mas pode encontrar alguém com quem possa construir uma vida em comum.
Vera Vaccari