A pandemia de covid continua.
Por mês, no Brasil, cerca de seis mil pessoas falecem devido a complicações do vírus, sem esquecer de todo o sofrimento vivido por outras pessoas. Sem contar familiares e amigos, que acompanham a situação.
São muitas as queixas de ansiedade, dessa sensação de não caber no próprio peito.
Mas, nem toda ansiedade começou com a pandemia.
Tanto é verdade que a venda de medicamentos para redução desse mal eram vendidos às toneladas antes da pandemia, juntamente com aqueles voltados para a depressão.
Então, vamos separar o que a pandemia nos trouxe, o medo da doença e da morte, daquela ansiedade diante da vida.
Essa ansiedade acomete pessoas de todas as idades — e chega mesmo a ser confundida com problema cardíaco.
Na faixa depois dos sessenta, nem sempre vivemos da melhor forma.
Chegamos aqui com sonhos desfeitos, com ilusões que desapareceram com o tempo, com relações muitas vezes esgarçadas ou mesmo rompidas com pessoas a quem amamos.
Ufa!
São tantas as situações, que nem dá para enumerar.
Mas dá para reconhecer que a vida não é mesmo um mar de rosas, como muitas vezes pensamos na adolescência, quando íamos conquistar o mundo e cumprir todos os objetivos.
Nem por isso vamos abandonar a esperança.
Acredito que sem esperança caímos nas garras da depressão e da ansiedade.
Esperança de que podemos fazer algo, seja por nós, seja pelo mundo.
Esperança de que a vida está aí, repleta de coisas que ainda posso fazer.
Esperança de que é possível conquistar algo de bom, nem que seja no meu coração.
Então, vamos lá!
Vamos construir a esperança.
Vamos lembrar nossos sonhos e ver o que deles ainda podemos cumprir.
Vamos olhar para nós, meninas, adolescentes e mulheres e reconhecer tudo que aprendemos e que podemos passar.
Vamos trabalhar pelo bom que está em nós e buscar o bom nas outras pessoas.
E vamos aceitar que o tempo passa — e que não podemos correr atrás dele.