Dia 22 de julho celebra-se a festa de Santa Maria Madalena. O papa elevou a festa dela ao nível das grandes datas com as dos apóstolos.
Mas… ela é santa? Pois é. Acredito que quase todo mundo, cristão ou não, já ouviu falar sobre algumas histórias bíblicas e seus personagens. Jesus, seus pais José e Maria, amigas Marta, Maria e Lázaro, os apóstolos, Zaqueu, José de Arimateia, Maria Madalena…
Muitos também devem ter ouvido falar e identificar Maria Madalena como uma mulher pecadora, prostituta. Mas sobre ela sabemos muito pouco pelos livros do Novo Testamento, nem que era prostituta.
Essa versão existe pela confusão entre as várias Marias que aparecem na bíblia.
Nos livros apócrifos (não considerados inspirados, dos quais falaremos em outro momento), encontramos ela como importante liderança na Igreja\comunidade que começava. Para Santo Tomás de Aquino era “apóstola dos apóstolos”. A ela foram dedicadas várias famosas Igrejas como a de Paris, Roma etc.
Temos poucos registros oficiais e dados certos citando a importância de Maria Madalena em relação à fé cristã. E, embora se fale dela como uma pecadora convertida, nas últimas décadas, foi tentado recuperar seu papel histórico.
Também o nome dela, é de origem um tanto quanto polêmica. No grego original dos evangelhos, ela nunca é ‘Maria Madalena’. É descrita como ‘Maria, chamada Madalena’, ou ‘Maria, a Madalena’, como se o segundo nome fosse dado a ela como um título. O que a maioria dos pesquisadores pensa é que esse título seja referente à sua origem, de Magdala, uma pequena aldeia não muito longe de Jerusalém com fama de local insalubre, miserável e pobre. Mejdal, em árabe, ao noroeste da margem do mar da Galileia, ainda existe. E é quase do jeito semelhante ao que era antigamente, embora possa ter sido uma cidade mais próspera no passado, conforme expedições e pesquisas arqueológicas atuais. Acredita-se que Magdala foi uma cidade helenística, fundada no século 2 a.C, por uma dinastia judaica independente chamada hasmoneus.
Valeriano