Não podia faltar o dia dos namorados. O lado romântico da vida e das relações humanas diferenciadas. Quem nunca foi atingido pelo dardo de Cupido! Atire a primeira pedra quem nunca sofreu por amor.
Pois é. Agostinho, grande pensador, dizia que o amor era também seu grande peso. Mas um peso que na convivência com o outro, na partilha, tornava a vida mais leve. Amar e ser amado.
Fugidio, ou eterno entanto dura, essa fase de “namoro” é, como a vida, cheia de nuances e altos e baixos. Não há como fugir. Por outro lado, “o namoro” não é só fase pré de noivado, casamento, vida a dois, etc.
Partilhar, conviver, estar junto, muitas vezes sem necessidade de palavras, desejar se encontrar, trocar carícias, desejos… Isso pode ser, e tomara que assim seja, por toda a vida e em todos os tipos de relações.
Mas, como flor delicada que é, com alguma casca dura ou espinho, precisa cuidados. Cuidar, regar, proteger, reforçar, limpar ervas ou folhas que em nada ajudam, arejar, curtir…
Rosas, flores, perfumes, jantares, beijos, abraços, bilhetes, mensagens… Tudo vale. Não é fácil fugir do lado comercial, mas o que permanecerá é o respeito e valorização da relação e a alegria de se ver e sonhar junto. Felicidade não é meta. É caminho. O leve peso do amor torna mais alegre e ligeiro esse viver e florir.
Floreat = floresça!
((curiosidade
Em muitos países o dia dos namorados é 14 de fevereiro. Início oficial da primavera, do namoro dos pássaros, dia da fertilidade, dia da festa de são Valentim. Este foi bispo em Roma, preso e morto no século III por se opor ao imperador Cláudio II que proibia o casamento durante a guerra. Os solteiros seriam melhores guerreiros.
A lenda diz que na prisão ele recebia mensagens e flores de jovens dizendo que acreditavam no amor. Também diz que se apaixonou pela filha cega do carcereiro à qual curou. Antes de morrer teria lhe escrito uma mensagem de amor, assinando como “Seu namorado Valentim”.
Também naquele tempo se celebrava nesse dia a fertilidade (festa de Juno, deusa da mulher e do casamento e de Pan, deus da natureza).
Ligar essas festas ao romantismo do dia foi bem posterior. Pela Idade Média. Despois no século XVII e XVIII foi tomando o jeito mais atual. Com trocas de mensagens, presentes etc.
No Brasil dia 12 de junho é véspera de Santo Antônio, santo casamenteiro))
Vera Vaccari
Obs.:Foto destacada – beijo de mais de 20 mil anos foi pintado na rocha, na Serra Da Capivara, no Piauí.