Fico ofendida quanto escuto esse tipo de comentário, que é sempre utilizado para explicar que não adianta mudar os homens, pois foram feitos como são pela própria natureza.
Se isso fosse verdade, todos os homens sairiam da mesma forma, como tortas do mesmo tamanho.
Mas sabemos que não é assim.
Vivemos, sim, numa sociedade machista, que dá aos homens privilégios.
Privilégio é o oposto do direito, é uma agressão a ele, pois destrói o direito do outro (no caso, da mulher).
E é o privilégio que dá oportunidade a situações horríveis, de violência.
Violência de ofensas, xingos, diminuição.
Violência de proibições, o famoso “mulher minha não faz (tal coisa)”.
Violência de espancamentos.
Violência de assassinato.
Mas há também outras violências, de assédio sexual no trabalho.
De estupros.
Mas, não são apenas as mulheres jovens que sofrem violência, seja de que tipo for.
Mulheres maduras também passam por isso, de filhos e filhas, de maridos, de empregadores…
É importante aprender a denunciar, para que essa situação não vá adiante.
Com a luta das mulheres — com apoio de homens que defendem direitos, não privilégios — essa situação está mudando.
Aproveite para descobrir na sua cidade se há algum programa ou projeto de ajuda para mulheres, de qualquer idade, que sofram violência.