Planejada há 5 anos e paga há pelo menos 2, só agora consegui fazer a viagem que sonhava, à Serra da Capivara, no Piauí.
Lugar mágico, onde pinturas deixadas entre 9000 e 12000 anos encontram um museu de alta tecnologia.
Isso tudo no meio da caatinga.
Pode até ser preconceito, mas é puro desconhecimento.
Lia a respeito do lugar, mais sobre as pinturas rupestres.
É a maior concentração de pinturas ruprestes, algumas datadas de 12000 anos, do mundo.
E estão ali, ao alcance dos nossos olhos.
Para chegar a elas, passarelas e escadas seguras, algumas preparadas para cadeirantes.
Não me lembro de ter lido sobre os dois maravilhosos museus.
No museu histórico, também com o uso de tecnologia de ponta, uma cena rupestre cobra vida bem diante dos nossos olhos — e vemos uma caçada, como foi há tantos mil anos.
Emocionante.
No outro… ah, no outro…
Um museu em que se explica — e se mostra — a história do planeta, daquela bola de fogo no céu ao nosso planeta azul.
Lugar de pura magia.
Cá entre nós, teve um momento em que simplesmente chorei.
De dia, fizemos visita a uma toca (é assim que são chamados os diferentes sítios).
Voltamos à noite — e o paredão foi iluminado.
O presente (a luz elétrica) encontrou o passado distante bem ali.
A magia aconteceu — e as lágrimas correram.
A história é toda linda.
Dra Niede Guidon, arqueóloga, deu vida a tudo isso.
Na década de 1990 começou um projeto de pesquisa, preservação e educação.
Hoje, os frutos estão bem ali, para todos nós.
Um pedido de todos: divulguem a Serra da Capivara. Visitem a Serra da Capivara.
E, o mais dolorido: Não vamos deixar que a Serra da Capivara seja privatizada.
Temos de impedir isso.