Val diante de montanha de Machu Picchu

E os demais respondem: Já estou de malas prontas.
E lá fomos nós, um pequeno grupo de quatro, para Machu Pìcchu, no Peru.
Já tinha ido em 1979, naquela história de trem da morte. Um causo muito longo, que um dia conto aqui. Para provar, tenho uma única foto, sumida entre as minhas coisas: eu, encolhida de frio, diante da catedral de Cuzco.
Mas, agora, avião, hotel legal, transporte à mão…
Na chegada a Cuzco, nós nos juntamos ao grupo organizado pela Pisa Trekking, de São Paulo.
Não vou dizer muito.
Só que foi um momento mágico da vida, daqueles que a gente ganha de presente dos céus sem saber como e nem por quê.
Três pessoas amadas, um grupo maravilhoso, uma guia xamã, um local de sonho no meio das montanhas…
Na foto, Valeriano, em meio à garoa e à luminosidade, tem a cidade inca e a grande montanha logo atrás.
E me voltou então o sonho de fazer o caminho inca, a pé, pela montanha, num sofrimento creio que de 5 ou 6 dias.
Perguntei ao responsável da Pisa se faria a caridade de me matar lá em cima, se não conseguisse descer, mas ele respondeu que nunca tinha passado por essa situação. Todas as pessoas que tinha acompanhado haviam completado o circuito, em alguns casos com alguma dificuldade.
Ele, juntamente com a guia peruana, transmitiam muita segurança e depois me arrependi de não ter voltado no mês seguinte ou, mesmo, um ano depois, e enfrentado a dificuldade.
Depois, outras viagens surgiram, outras necessidades, outras dores de joelho, até o problema do quadril e da cirurgia, que enterrou minha vontade de subir uma montanha de pedra.
Isso confirma o ditado que é melhor se arrepender do que se fez do que daquilo que se desejou fazer — e se deixou pra lá. Por ser difícil, por não combinar com a idade, por deixar pessoas preocupadas pra trás, por falta de dinheiro…
Aliás, não sou a menina inocente que acredita que dinheiro não seja importante. Mas sei que muitas vezes achamos dinheiro pra fazer algumas coisas, enquanto outras ficam de lado exatamente por falta de dinheiro.
Então, vamos viver a magia possível.
Nem que seja indo a um local próximo de casa que gostaríamos de visitar e nunca achamos tempo.

Vera Vaccari


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