Indo atrás de descobrir dados sobre meu avô materno, que morreu, creio eu, na década de 1920, conversei com algumas primas.
Tudo bem procurar saber dos mortos, mas melhor ainda é saber dos vivos.
Um dos papos, com elas, foi sobre trabalho e aposentadoria, pois todas estamos entre o fim dos 60 e dos 70.
Batata!
Todas aposentadas e trabalhando, por variadas razões.
Ajudar na educação escolar dos netos, pagar cuidadora ou casa de saúde par mãe com Alzheimer, guardar alguma poupança para a velhice, economizar para uma sonhada viagem… os motivos são os mais variados.
O mais interessante das conversas foi perceber como, entre 70 e 80 anos, nenhuma se considerava velha e todas viam muita coisa a fazer à frente.
A fase de se preparar para a velhice parece se estender cada vez mais.
Mulheres que há poucas décadas seriam consideradas no fim da linha estão trabalhando nas mais diferentes áreas, desde educação até artesanato e culinária.
É isso que nos mantém firmes e atuantes.
E cada vez mais vivas.