Muitas pessoas mais velhas, envelhecentes ou idosas, vivem sozinhas, seja por não terem ninguém, seja por escolha, para manter a independência.
Em qualquer caso, um problema sério é o de como se sustentar em uma época da vida em que viver de aposentadoria ou pensão significa ter de agarrar o dinheiro, para que não desapareça.
Vejo sempre reportagens sobre pequenos condomínios em que as próprias pessoas se organizam para se juntar e diminuir as despesas.
Mas não me parecem ser para pessoas, como eu, que contarão com o benefício do INSS.
Há alguns anos, duas amigas e eu pensamos que, na velhice, poderíamos comprar quitinetes no mesmo prédio, para ficarmos próximas, tendo alguém para ajudar com limpeza, compras e preparação da comida.
Uma das minhas cunhadas, na Espanha, vive em uma residência de idosos.
Tem ainda seu apartamento, mas não pretende voltar para ele.
Por curiosidade, olhei os preços de residenciais para idosos em São Paulo – e levei um susto.
Mesmo sem luxo ou atendimento especializado, os valores são elevados, na comparação com os valores, como já falei, pagos pelo INSS.
De um jeito ou de outro, essa é uma preocupação que tem de ser abordada pela sociedade como um todo, pois o Brasil, como muitos outros países, conta com uma população que envelhece.
Vera Vaccari
Foto de Kampus Production no Pexels