JUNHO E JULHO, MESES DE MUITO ESTUDO

Trabalho, no consultório e nas aulas do Instituto Paulista de Sexualidade, estudo, casa…
Entrei em pânico, com tantas coisas pra fazer… e estudar.
Mas, com calma e muita ajuda do marido, no fim deu tudo certo, mesmo que acho muito mais cansativo dar e ter aulas por internet do que presencialmente.
Foram dois fins de semana com o querido professor Ronaldo Trindade, em curso do Instituto Paulista de Sexualidade, estudando filosofia: sábado e domingo inteiros sobre a obra de Michel Foucault e, poucas semanas depois, sexta-feira e sábado inteiros sobre a obra de Judith Butler.


Ambos são muito importantes para a compreensão do que ocorre no mundo hoje e das formas de lidar com os desafios do presente, em que parece que perdemos conquistas que pareciam garantidas, na educação, nos direitos humanos, na saúde.
Basta ver o que pessoas desinformadas falam do grande Paulo Freire, que, com certeza, não leram.
Isso sem contar a vergonha que passamos diante do mundo quando a filósofa Judith Butler foi ofendida durante palestra no Sesc Pompeia e ainda por cima levou um tapa no aeroporto. Por certo, de quem não tem condições intelectuais de ler sua obra.
Outro curso, no final de junho e início de julho, foi com o psicoterapeuta e psiquiatra Marcelo Pakman. Cinco dias de muito aprendizado, muita conversa sobre psicoterapia, com pessoas de diferentes países da América Latina e da Espanha e Portugal. Um deleite.


Já contei aqui que o Grupo Singularidades, do qual faço parte, traduziu recentemente dois dos livros de Marcelo Pakman para o português.
E, para completar, duas tardes de muita reflexão com um grupo do qual participei há muitas décadas, quando passei brevemente pelo Mato Grosso, na região da Prelazia de São Félix do Araguaia.
Outro tema atualíssimo, neste nosso País em que o genocídio de idosos, indígenas e pessoas com diferentes enfermidades (além daquelas afligidas pela fome) passa por normal: como manter viva a esperança na construção de um mundo mais justo.
Ufa!!!
Semanas assim cansam, mas também dão a sensação de plenitude.
E você, como faz para se manter ativa, com um cérebro tinindo, num corpicho com mais de sessenta?

 

Vera Vaccari


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