Um bom momento para o exercício é depois do banho.
Se não tiver um horário de privacidade, faça de madrugada, mas não perca essa oportunidade.
Comece olhando-se ao espelho.
Acaricie a pele do seu rosto.
Ela está mais seca, menos elástica, com o passar do tempo.
Surgem rugas.
Elas não são feias nem bonitas, apesar do que dizem as propagandas de cremes miraculosos que não funcionam.
São marcas da sua história.
Aprender a aceitá-las é mais um ladrilho na rua que leva a estar de bem com a vida.
Passe a mão pelo corpo.
Não é mais o de uma menina de 15 anos, mas é o seu, com todas as mudanças.
Vá descendo a mão até chegar à vulva.
Sente-se com as pernas abertas e olhe-se ao espelho, como fez com seu rosto e o restante do corpo.
Deveria ser como olhar a pele do rosto, pois a região genital também faz parte do nosso corpo, da nossa mente.
Mas nem todas as mulheres pensam assim, pois aprenderam que o feminino é feio e fedido.
Pare então um momento para pensar sobre como você lida com seu lado feminino. E como isso se reflete na sua vida.
Está de bem com ser mulher? Ensina isso para as mais jovens?
Ao espelho, observe sua vulva. Ela é formada por monte de Vênus, grandes e pequenos lábios, clitóris, uretra, por onde sai o xixi, e entrada da vagina.
A vagina é um tubo formado por músculos, que começa na vulva e termina na entrada ou colo do útero.
Sinta agora toda a região da vulva com os dedos.
Se estiver muito seca, use um gel lubrificante.
Reconheça cada um dos órgãos.
Sinta o clitóris, que é a fonte do prazer sexual feminino. Ele é como um iceberg: só uma ponta fica visível, enquanto a maior está escondida no interior do corpo.
Coloque o dedo na entrada da vagina.
Sinta os músculos e a umidade.
Preste atenção aos seus sentimentos, a como se sente… mulher.
Torne esse momento especial, aquele só seu, para se conhecer, se reconhecer, se aceitar.
E, por que não?, para ter prazer.