Você é sua melhor amiga… Ou vive puxando o próprio tapete?

Na novela da sua vida, você é a mocinha, a heroína da sua própria história, ou a vilã, aquela que vive pra puxar o tapete da mocinha?

Imagine um roteiro assim: mocinha e mocinho se encontram, se dão bem, conversam sobre os problemas, gostam do trabalho que fazem, adoram suas famílias, casam e têm filhos…

Fim rápido da história, sem nem dar um capítulo inteiro.

Daí a necessidade da presença de um vilão ou vilã, para jogar cascas de banana no caminho da mocinha e do mocinho para manter as coisas animadas.

Mas não precisamos dela na nossa vida. Já bastam os problemas que temos.

Então, pergunto mais uma vez:

Você é a mocinha quando se cuida, se preocupa com quem está à volta, com o mundo em que vive, sempre mantendo acesa a chama do que quer alcançar.

Ou é a vilã, que faz tudo para atrapalhar a própria vida?

Você é a vilã, por exemplo, quando, destrói sua autoestima, criticando-se duramente a cada passo.

Autocrítica é boa e amiga. Ajuda-nos a nos situar na convivência com outras pessoas e a buscar bons caminhos a seguir no rumo que escolhemos.

Mas, se exagerada, é destrutiva.

Ninguém é perfeito e, não importa a idade, em alguns momentos fazemos algo que desagrada a nós mesmas e aos demais.

— dizemos algo na hora errada,

— deixamos de entender uma piada,

— fazemos um péssimo trabalho,

— recebemos uma crítica…

A autocrítica amiga nos ajuda a reconhecer o erro, a aceitar a situação, a tentar reparar, pedindo desculpas, se for possível.

Em resumo, ajuda-nos a tirar algo de bom da situação.

A autocrítica inimiga, por outro lado, age como a vilã da história.

Como sabemos a diferença entre uma e outra?

Para começar, pelo uso das palavras “sempre” e “nunca”.

Quando você diz para si mesma que “sempre” age errado ou “nunca” faz nada correto, já está sendo sua inimiga.

Por quê?

Porque está tão ocupada se criticando, se xingando, que deixa de olhar com cuidado para aquela situação que vivenciou, deixando de aprender do que aconteceu.

Como resultado, a autoestima vai se esconder sob o dedão do pé, lá no chão, deixando você cada vez mais crítica e exigente.

E queixando-se de sua autoestima.

Como fazer então?

Corte o círculo vicioso.

Quando começar com “sempre” e “nunca”, corte o papo interno.

Faça de conta que está dizendo para uma pessoa fofoqueira: dá licença que tenho coisas pra fazer.

Ponha a vilã para correr e dê passos para gostar de si.

O caminho de estar de bem com a vida é aceitar que é uma pessoa imperfeita vivendo em um mundo imperfeito com outras pessoas imperfeitas.

Parar de espancar a autoestima já é um ótimo primeiro passo.

 

 


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