Ao lavar a louça, colocamos detergente ou sabão em pedra na esponja, esfregamos e enxaguamos os utensílios.
Por fim, lavamos e enxaguamos a esponja, deixando-a pronta para o próximo uso.
Esperamos que ela se encha de água, apertamos bem e, surpresa!, ela volta à sua forma.
Essa qualidade da esponja, de absorver a água e depois voltar ao normal, é chamado de resiliência. Esse nome vem da física, da qualidade de alguns metais de se deformar e depois voltar ao normal.
A psicologia adotou o nome, aplicando a qualidade da resiliência às pessoas.
Você já reparou que há quem pareça acreditar que qualquer dificuldade é insuperável?
É como se achasse que a vida só devia trazer alegria e sucesso. Então, diante de qualquer problema, age como se qualquer montinho de terra fosse uma montanha.
Outras pessoas, ao contrário, enfrentam as dificuldades, não desanimam e vão em frente.
Claro que sofrem e vivem momentos de dor e desespero, diante de situações de doença, morte na família, desemprego… mas conseguem reunir forças para prosseguir.
E há momentos em que qualquer pessoa acha que pequenos problemas são demais. Quando estamos doentes ou de luto, por exemplo, com nossas forças diminuídas.
Mas a resiliência não é uma característica que cai pronta do céu, com a qual nascemos ou deixamos de nascer e nada pode ser feito quanto a isso.
É uma capacidade que podemos desenvolver e ajudar crianças e jovens a desenvolverem, apoiando-os e mostrando a eles que podem lidar comas situações difíceis da vida: estudar todos os dias, preparar-se para uma prova e depois tirar nota baixa, esquecer de algo importante, curar uma ferida, aceitar a separação dos pais…
Sofrer e chorar e querer tomar um foguete para outro planeta não significam pouca resiliência. Significam que somos humanos.
Resiliência é aceitar a dor, enxugar as lágrimas, descer daquele foguete do sonho e arregaçar as mangas.
Afinal, aquilo que não se resolve hoje vai apenas estar maior amanhã.